O artigo apresenta resultados de um estado da arte sobre gênero e sindicalismo em educação, tomando por referência as teses e dissertações realizadas em Programas de Pós-Graduação em Educação brasileiros, entre 2012 e 2023. Justifica-se o período considerando outro estado da arte realizado, que obteve informações relativas a trabalhos semelhantes publicados entre 1987 e 2011. As bases de dados utilizadas foram: Dados Abertos CAPES e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. Em termos de caracterização do estudo, destaca-se a existência de um duplo avanço na produção brasileira sobre os campos de investigação objetos desta análise: os estudos de gênero vêm multiplicando-se geometricamente, ao menos nos últimos 40 anos; e os estudos sobre sindicalismo em educação ganharam um grande impulso desde a consolidação da Rede ASTE (Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras sobre Associativismo e Sindicalismo dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação), criada em 2009. Contudo, a interlocução entre esses dois campos ainda é pequena. O artigo, então, procura descrever e discutir as características dos 11 estudos encontrados, sendo oito dissertações e três teses: uma produção majoritariamente de autoria de mulheres (há apenas um pesquisador); orientada principalmente por mulheres (há sete orientadoras e dois orientadores); e voltada a investigar mulheres professoras (há apenas um trabalho sobre a questão LGBT+).
El artículo presenta resultados de un estado del arte sobre género y sindicalismo en educación, tomando como referencia las tesis y disertaciones realizadas en Programas de Posgrado en Educación brasileños, entre 2012 y 2023. Se justifica el período considerando otro estado del arte realizado, que obtuvo información relativa a trabajos similares publicados entre 1987 y 2011. Las bases de datos utilizadas fueron: Datos Abiertos CAPES y Catálogo de Tesis y Disertaciones de CAPES. En términos de caracterización del estudio, se destaca la existencia de un doble avance en la producción brasileña sobre los campos de investigación objetos de este análisis: los estudios de género se han multiplicado geométricamente, al menos en los últimos 40 años; y los estudios sobre sindicalismo en educación han ganado un gran impulso desde la consolidación de la Red ASTE (Red de Investigadores e Investigadoras sobre Asociacionismo y Sindicalismo de los Trabajadores y las Trabajadoras en Educación), creada en 2009. No obstante, la interlocución entre estos dos campos aún es pequeña. El artículo, entonces, procura describir y discutir las características de los 11 estudios encontrados, siendo ocho disertaciones ytres tesis: una producción mayoritariamente de autoría de mujeres (hay solo un investigador); orientada principalmente por mujeres (hay siete orientadoras y dos orientadores); y dirigida a investigar a mujeres profesoras (hay solo un trabajo sobre la cuestión LGBT+).
The article presents results from a state-of-the-art review on gender and unionism in education, focusing on theses and dissertations from Brazilian Post-Graduation Programs in Education between 2012 and 2023. The period is justified by a previous state-of-the-art review covering similar works published between 1987 and 2011. The databases used were the CAPES Open Data and CAPES Theses and Dissertations Catalog. The study highlights a dual advancement in Brazilian research production in these fields: genderstudies have been multiplying geometrically over the last 40 years, and studies on unionism in education have gained significant momentum since the establishment of the ASTE Network (Network of Researchers on Associativism and Unionism of Education Workers) in 2009. However, the intersection between these two fields remains limited. The article elucidates and discusses the distinctive features of the eleven studies identified, comprising eight dissertations and three theses, which were primarily authored by women (with only one male researcher), primarily supervised by women (with seven female advisors and two male advisors), and primarily focused on investigating female teachers, with only one study addressing LGBT+ issues.
